domingo, 25 de maio de 2008

Jesus quer ouvir uma canção

por Nívea Soares*

Jesus quer ouvir uma canção. Mais que isso, na verdade, Ele quer ouvir sons e palavras vindos de um coração quebrantado e sincero; uma canção de amor para Ele mesmo.
Não simplesmente uma canção bem cantada por bons cantores, com vozes atrativas, ou tocada por bons músicos, que tenham boa técnica e renome.
Chega de cantar e tocar para homens, e fazer da ministração de louvor um culto ao entretenimento. Chega de querer chamar a atenção da Noiva (Igreja), desviando-a dos olhos daquele que morreu e se entregou por Ela.
Chega de fazer da adoração um instrumento de comércio, de autopromoção, e de louvor a si próprio. Não queira "adorar" para que os homens vejam sua capacidade vocal e instrumental ou sintam algum tipo de emoção barata, que os faça dançar, gritar ou pular pela manipulação de um apresentador de show evangélico (que se diz ministro ungido de Deus) - que, tendo consciência ou não, quer mais atenção para si próprio do que para Deus, que é o dono do culto.
Jesus quer ouvir uma canção de amor para Ele mesmo! Uma canção que toque em seu coração, que o faça voltar o Seu rosto e procurar quem está cantando.
Uma canção que, de tão intensa, atraia a Sua presença, fazendo-o descer do Seu trono e vir, manifesto sobre o Seu povo.
Jesus anseia por ouvir de sua Noiva uma canção que o exalte, que chame a Sua presença, que gere no coração da Noiva cada vez mais desejo por essa presença.
Jesus quer ouvi-la, e tem gerado, pelo Espírito Santo, esta canção no coração da sua Noiva. Canção misturada a lágrimas, anseio, extravagância e risos.
Esta canção tem brotado em corações que se apaixonam por Jesus e que amam Sua presença. Jesus não quer ouvir uma canção feita para homens, mas uma que o Espírito Santo faz nascer pelo amor da Noiva pelo Noivo.
Jesus quer me ouvir dizer que eu O amo, preciso dele, anseio por Ele, não posso viver sem a sua presença!Esse é o clamor do Espírito Santo para sua Igreja nestes dias. Uma igreja madura, esclarecida e em constante crescimento com Deus compreende que sua prioridade não é agradar ao homem, mas a Deus. Não toque para agradar ao homem! Cante e toque para o Senhor a canção que Ele quer ouvir!

A verdadeira santidade



A santidade é obra da graça (Cl 2.6,7)

Para que sejamos uma geração que marca na hora da conquista, é imprescindível que vivamos a verdadeira santidade. Ninguém, na história da igreja, fez grandes conquistas sem viver a verdadeira santidade.Don Richardson foi um grande missionário do século XX. Numa das suas preleções, ele contou a história da conversão de um povo que vivia na Nova Guiné (um país que fica próximo à Austrália). Esse povo era conhecido como “Dunis”, e viviam, em pleno século XX, como se estivessem na Idade da Pedra. Eles jamais tinham tido qualquer contato com alguma pessoa civilizada, e portanto, nunca tinham tido contato com o evangelho. Uma característica dos “Dunis” que chamou a atenção dos missionários era que 90 a 95 por cento das pessoas daquele povo tinham menos do que cinco dedos nas mãos; alguns tinham apenas dois dedos na mão esquerda e três na direita. Aquilo intrigou os missionários, mas eles não obtiveram uma resposta para aquele fato até que morreu uma pessoa da tribo.O ritual fúnebre praticado pelos Dunis era bastante singular. Os mortos não eram enterrados; eles eram colocados em uma grande mesa feita de pedras e ali eram queimados. Toda a família, desde o mais novo até o mais idoso, saía de diante da mesa de cremação e seguia em direção a uma mesa de madeira. Atrás dessa outra mesa ficava um membro da tribo com uma pedra bastante afiada nas mãos, e ali os membros da família do falecido estendiam uma das mãos, colocavam-na sobre a mesa e tinham uma das falanges do dedo cortada fora. Isso assustou os missionários, mas também os fez entender o porquê das pessoas terem menos de cinco dedos nas mãos: eles descobriram que essa prática se relacionava com a busca de Deus. Aquelas pessoas ansiavam por Deus, e imaginavam que Deus só se encontraria com elas depois de terem sofrido bastante. Por isso, sempre que possível, elas aumentavam seu próprio sofrimento.Quantas pessoas não estão vivendo assim nos dias de hoje, buscando o sofrimento como um meio de se encontrarem com Deus, se esforçando em si mesmas para alcançarem a salvação e a santidade?A santidade é obra da graça (Cl 2.6,7)Paulo diz: Ora, como recebestes Cristo Jesus (…). Isso se deu quando aquelas pessoas ouviram e entenderam a graça de Deus (Cl 1.6), não mediante o esforço delas mesmas ou porque eram virtuosas, cheias de qualidades ou boas em si mesmas. Elas reconheceram que seus esforços, suas virtudes, suas boas obras e seus sofrimentos não acrescentavam nada para sua salvação; por isso, desistiram de tentar fazer alguma coisa e se entregaram completamente a Deus, mesmo vazias, derrotadas e frustradas consigo mesmas, porém confiantes de que se elas não puderam fazer nada para conquistar a salvação, Deus era poderoso para salvá-las. A salvação, portanto, caracteriza-se por um ato de entrega e de confiança no amor e na provisão de Deus. Só recebe a Cristo aquele que se esvazia de si mesmo, entregando-se completamente a Deus.O texto continua, dizendo: Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele (…). Paulo fala aqui sobre dois processos que acontecem na vida do cristão: salvação e santificação. A salvação vem pela graça. E a santificação vem da mesma forma, segundo o texto. Portanto, é a graça de Deus que nos salva e nos santifica.A verdadeira santidadeComo se expressa a verdadeira santidade? O apóstolo Paulo responde a essa pergunta de maneira muito didática. Primeiro, ele mostra como não se expressa a verdadeira santidade, e depois faz o oposto:Cl 1.8: “Cuidado, que ninguém vos venha enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”. Para entendermos melhor o que Paulo está querendo dizer, é importante entendermos o significado da palavra “filosofia”. Aqui, filosofia não diz respeito aos pensamentos que excluem Deus, nem a um curso universitário. Josefo, um historiador do tempo dos apóstolos, disse: “Existem três formas de filosofia entre os judeus: os seguidores da primeira escola são chamados fariseus, os da segunda, saduceus, e os da terceira, essênios”. Assim, “filosofia”, no texto, significa qualquer tipo de conhecimento acumulado sobre Deus ou sobre qualquer outro assunto. Segundo Paulo, a verdadeira santidade não é comprovada pelo conhecimento que uma pessoa consegue acumular. Os fariseus, por exemplo, tinham um vasto conhecimento sobre Deus, mas Jesus os chamou certa vez de filhos do diabo (Jo 8.44). É impossível que algum filho do diabo apresente santidade. O próprio diabo também conhece a Escritura, mas para ele está reservado o fogo do inferno.Paulo faz ainda um segundo alerta:Cl 2.16: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida ou bebida, ou dia de festa, ou lua nova ou sábados”. O alerta de Paulo é contra o engano promovido pela vida de devoção. Muitas pessoas imaginam-se vivendo a verdadeira santidade pelo fato de expressarem, com muita intensidade, o comportamento religioso. Nos tempos de Paulo, as pessoas imaginavam que a verdadeira santidade era evidenciada se a pessoa fizesse distinção entre alimentos e alimentos, ou se ela prezasse o comparecer a eventos religiosos. Os fariseus agiam dessa maneira, mas Jesus lhes disse: “Ai de vos, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois não entrais nem deixais entrar os que estão entrando! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós” (Mt 23.13,15). Mas ninguém é mais santo porque deixa de comer isso ou de beber aquilo, ou porque participa desse ou daquele evento.Por fim, Paulo faz um último alerta:Cl 2.18: “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões”. Aqui, Paulo afirma que as experiências sobrenaturais ou místicas não são um sinal que comprova a verdadeira santidade. As pessoas ali estavam vendo e adorando anjos. Por imaginarem que Deus era inacessível, elas começaram a buscar ajuda e revelação de anjos, as tiveram. Miguel, o líder das hostes angelicais, era largamente adorado na Ásia Menor e a ele eram atribuídas muitas curas miraculosas. Com base nessas visões, muitos imaginavam-se espirituais, andando na verdadeira santidade. A essas pessoas Paulo diz não. Jesus mesmo chegou a afirmar: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos naquele dia hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7.21-23).Concluindo, Paulo diz: “Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria…todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Cl 2.23). Apesar de parecerem sinais da verdadeira santidade, essas referidas práticas e expressões não conseguem refrear os impulsos da carne; antes, muito facilmente os promovem.Os sinais que comprovam a verdadeira santidade Cl 3.1-3: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”. Aqui, Paulo faz uma afirmação condicional. Ele diz que se as pessoas morreram em Cristo e com ele ressuscitaram, então necessariamente uma mudança se operou na vida delas. E essa mudança as leva a viver um novo estilo de vida, a que podemos chamar de santidade.Cl 3.2: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra”. O primeiro sinal da verdadeira santidade é o anseio pelas coisas celestiais. Aquele que nasceu de novo, que vive em santidade, anseia por Deus mais do que por todas as outras coisas. Contudo, o anseio por Deus é um aspecto subjetivo, que não pode ser medido muito facilmente. Por outro lado, o anseio por Deus leva a pessoa a tomar naturalmente duas atitudes práticas, que facilmente podem ser medidas.Cl 3.5: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria”. A verdadeira santidade, além do anseio por Deus, se expressa por meio da morte do velho homem. Aqui, Paulo enumera cinco vícios da carne, que são destruídos pelo que é santo. O primeiro vício colocado nessa lista é a prostituição, que se refere à toda relação sexual ilegal e ilícita, e portanto envolve o adultério, a fornicação (o sexo antes do casamento), a bestialidade e outras formas de relação sexual que são anti-naturais e anti-bíblicas. Aquele que vive em santidade vai matando progressivamente esse vício em sua vida.A seguir, o apóstolo Paulo fala da impureza. Aquele que vive em verdadeira santidade se esforça para deixar de lado os maus intentos do coração, os maus pensamentos e as inclinações da carne: a pornografia, os atos libidinosos e a masturbação.Paulo continua a lista daquilo que o santo faz morrer. Ele faz morrer a paixão lasciva, o desejo maligno e a avareza. Paixão lasciva e desejo maligno têm praticamente o mesmo sentido, e significam todo tipo de desejo que não é voltado para Deus. Assim, aquele que tem os olhos voltados para as coisas materiais está alimentando desejos malignos no coração. Essa busca por admiração pode se dar até mesmo em relação a coisas espirituais. Há pessoas que oram não porque amam a Deus, mas sim porque desejam receber a admiração de outras pessoas, que as chamam de espirituais. O mesmo pode acontecer no tocante à leitura da Bíblia e ao jejum.O último vício enumerado por Paulo é a avareza. Nesse texto, avareza não se restringe ao amor ao dinheiro; antes, abrange todo tipo de busca do bem pessoal por egoísmo. Portanto, tudo o que a pessoa faz pensando em si mesma e não em Deus é uma forma de egoísmo. Em outras palavras, ela se coloca no lugar de Deus e, portanto, promove a idolatria. Paulo diz que aquele que vive a verdadeira santidade dia após dia mata todos esses vícios. Ele não permanece na passividade, mas sempre busca a força que Jesus lhe pode dar.Por fim, Paulo apresenta outro sinal que comprova a verdadeira santidade.Cl 3.12: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. A verdadeira santidade se expressa por meio do revestimento de Cristo. Aquele que é santo se torna, a cada dia, mais parecido com Jesus. Paulo enumera algumas das expressões da vida de Jesus. Ele diz que a verdadeira santidade se revela na misericórdia, na bondade, na humildade, na mansidão e na longanimidade.A misericórdia aponta para a compaixão de um ser humano para com outro. Aquele que é misericordioso nunca é acusador e nem crítico; antes, ele se oferece para ajudar e auxiliar aquele que está em situação de miséria. Por isso, ele é também bondoso.Sem dúvida, a bondade é um reflexo da humildade que existe no coração daquele que é santo. Ele sabe que o seu coração é enganoso, e que ele não é melhor do que qualquer outra pessoa. Antes, ele reconhece que é Deus quem o sustenta; por isso, ele também é uma pessoa mansa.A mansidão é uma característica na vida daqueles que reconhecem que suas vidas estão inteiramente nas mãos de Deus. Eles sabem que se algo não aconteceu do modo como eles esperavam, eles não devem se desanimar ou murmurar; antes, devem confiar em Deus, que faz todas as coisas de modo perfeito. Naturalmente, a mansidão conduz à longanimidade.Aquele que é verdadeiramente santo é paciente. Ele sabe que Deus vai fazer as coisas no tempo certo; por isso, ele descansa em Deus.Todas essas expressões existiam na vida de Jesus. Aquele que anda na verdadeira santidade as possui na sua vida, e a cada dia ele se torna mais parecido com Jesus.

Discurso e prática.

Fico perplexo, às vezes, com a capacidade que algumas pessoas têm de criar uma personagem e torná-la tão crível a ponto de fazer discípulos. Usando técnicas de marketing pessoal e de auto-sugestão, afirmam tão repetida e veementemente qualidades sobre si mesmas que acabam convencendo seus expectadores de que são como se autodescrevem.

Quando Jesus nos deixou a sua última recomendação, Ele disse: "É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." (Mateus 28:18-20)

O grande problema hoje, entre nossos líderes, é que eles esqueceram que era pra fazer discípulos de Cristo e não deles próprios!

Quando se faz cópias de um mesmo molde, temos sempre cópias idênticas. Mas, quando se faz cópia da cópia da cópia da cópia...da cópia, depois de muitas, essa última é totalmente diferente da primeira.

A partir disso, temos toda sorte de absurdos se manifestando (é isso mesmo! manifestações!!) dentro da igreja do Senhor Jesus...

As pessoas estão tão cansadas, depois de um dia inteiro e estressante de trabalho, que não se dão ao trabalho (desculpe o trocadilho!) de conferirem em suas bíblias se o que o seu pastor disse realmente condiz com a vontade de Deus para as nossas vidas.

As igrejas, hoje, são como grandes corporações multinacionais. A última "moda" é colocar a palavra Internacional na fachada. Tais líderes se orgulham mais de estarem em 150 países do que de serem salvos e remidos pelo sangue do codeiro.

É um tempo difícil mas, ao mesmo tempo, uma prova cabal de que a palavra de Deus contida na bíblia sagrada é fiel e verdadeira!

A grande questão é a seguinte: Congregar ou não congregar?!

O que é pior? Continuar freqüentando um espaço onde se ouve e se vê todo tipo de absurdo e afronta à palavra de Deus ou tentar viver uma vida baseada nos princípios que o Senhor Jesus nos deixou?

O Senhor Jesus disse, certa vez, que quando todos tivessem ouvido a sua palavra, Ele voltaria pra nos buscar. Logo, o nosso esforço deveria ser no sentido de usarmos todos as formas possíveis e imagináveis para levarmos a mensagem de salvação! Ele não disse para irmos por todo mundo, construindo templos, mas sim, pregando a Sua palavra! Se investíssemos todos os recursos gastos com a estrutura dos templos cada vez mais suntuosos de nossas igrejas em evangelização efetiva, já estaríamos adorando ao Senhor face a face!

Infelizmente, não parece ser esse o grande anseio dos nossos líderes... eles preferem ter os seus nomes numa placa de bronze a tê-los escritos no livro da vida.